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A dificuldade de impor limites nas relações.

Foto do escritor: Regina  AkemiRegina Akemi

Crescemos dentro de uma cultura agregadora. O brasileiro ama vivenciar muito de perto os seus círculos familiares e de amizades, e é ótimo e muito saudável ter uma rede de apoio. Acontece que, muitas vezes, temos dificuldade em impor limites nas relações especialmente quando as expectativas envolvidas estão desalinhadas e queremos controlar as situações para satisfazer as nossas expectativas ou para não frustrar as dos outros.


A partir daí, forma-se um emaranhado de emoções e sentimentos como culpa, medo, raiva, apego, mágoas, que acabam travando o fluxo da prosperidade em nossa vida e criando dependências emocionais. Essa dificuldade em impor limites claros nas relações é mais evidente em pessoas que apresentam porcentagens maiores dos traços de caráter mais emocionais, o Oral e o Masoquista. O traços de personalidade mais emotivos Oral: esse traço é o mais empático de todos e tende a se conectar rapidamente e se envolver facilmente com o problema dos outros ou querer que os outros se envolvam nos seus (e de preferência, resolvam para ele). Devido ao seu grande medo de abandono, sente como se o mundo devesse cuidar dele. Sente-se sempre insatisfeito como se tivesse um grande "buraco" no peito, e pode se colocar como vítima para que os que estão ao seu redor passem a acolhê-lo.

Como seu grande recurso é a comunicação, o Oral deve parar de reclamar e falar de forma clara sobre as suas necessidades. Deve aprender a ter prazer na vida (comer uma boa comida, ouvir boa música, sentir a natureza, ter boas relações, se divertir, etc.), assim lidar melhor com a sensação de abandono, preencher o vazio no peito e diminuir a dependência emocional.

Masoquista: esse traço é o mais forte e costuma carregar o mundo nas costas. Seu maior medo é decepcionar, por isso está sempre se ocupando de problemas que nem são seus, tentando atender as expectativas dos outros e evitar ser cobrado ou criticado depois. A grande questão do Masoquista é aprender a dizer "não". Isso ele consegue organizando suas metas e definindo prioridades.


"Quem quer agradar a todos não agrada a ninguém." — Jean Jacques Rousseau

Entenda que se conectar e ter empatia pelo outro é necessário, sim. Mas investigue até onde essas relações influem nas suas decisões e na realização de seus sonhos. Até que ponto a opinião dos outros lhe afeta a ponto de paralisar os seus projetos de vida? Ou o quanto você se ocupa da vida dos outros e acaba se distraindo da sua própria vida?

 

Regina Akemi é Analista Corporal com Foco no Fortalecimento da Autoestima das Mulheres e colaboradora do Psinko.

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1 Comment

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Daniele Takarabe
Daniele Takarabe
Dec 29, 2023
Rated 5 out of 5 stars.

Excelente texto!

Devemos sempre proteger nosso núcleo, só podemos oferecer o nosso melhor ao outro quando estamos oferecendo o nosso melhor para nós mesmos.

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